sexta-feira, 13 de fevereiro de 2015
Ministra da Seppir se reunirá com Comitê Coordenador da visita do Rei Bantu ao Brasil
São Paulo/SP – Aumentar a conscientização das sociedades no mundo quanto ao combate do preconceito, da intolerância, da xenofobia e do racismo. Este é o objetivo da Década Internacional dos Afrodescendentes, criada por resolução da Assembleia Geral da ONU no dia 23 de dezembro último. Com o tema “Afrodescendentes: reconhecimento, justiça e desenvolvimento”, a Década começou ser celebrada de 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2024.
A visita do Rei do Bailundo, região do planalto central de Angola, Armindo Francisco Kalupeteca “Ekuikui V”, a Rainha Joaquina Kassueka Tauape e comitiva, que estarão no Brasil a partir do dia 4 de abril deste ano, será um fato histórico certamente fará parte da celebração do decênio, sendo um evento aguardado com grande expectativa por povos e comunidades tradicionais de matriz africana e do movimento negro brasileiro.
Organizações representativas do movimento negro brasileiro e de povos e comunidades tradicionais de matriz africana, como ILABANTU (SP), CENARAB/CONEN (MG), AFROCOM (DF) e ACBANTU (BA) organiza a visita oficial do Rei do Bailundo ao país e na opinião dos lideres Walmir Damasceno, Makota Celinha Gonçalves, Patrícia Zapponi e Taata Konmannanjy, a ação “conforma um fato histórico para o Brasil e para os povos negro-africanos do mundo por diferentes razões, entre elas, o ineditismo da presença de um rei tradicional Bantu no país – que já recebeu visitas de reis dos povos Iorubás e Jêje (tronco Ewé-Fon), mas nunca antes contou com a presença de uma autoridade tradicional do povo Congo-Angola (como ficaram conhecidos os povos Bantu no Brasil a partir das suas tradições de matriz africana perpetuadas nos Terreiros, considerados espaços de acolhimento, proteção e ressignificação da vida) – e por reescrever parte da história de desterritorialização e rupturas a que foram sujeitos povos africanos no período da escravidão colonizadora das Américas, onde se afirma que o Brasil tenha sido o país a receber o maior número de escravizados africanos e cuja maioria pertencia aos povos Bantu.
Entre descendentes de povos Bantu que marcam, a partir do Brasil, as lutas dos povos negros no mundo, estão Zumbi dos Palmares e Ganga Zumba, mas cujas origens são, em grande parte, desconhecidas pela maioria do povo brasileiro”, sentenciam.
Em um momento de implementação de políticas de reparação no Brasil – como políticas de ações afirmativas e de revitalização e incentivo à criação de marcos das culturas material e imaterial dos povos negro-africanos, entre outros – locais significativos na história do país e que são de marcada presença bantu serão visitados pelo Rei do Bailundo e sua comitiva.
Entre eles, o Memorial Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga (Alagoas); o Cais do Valongo, que integra Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana do Rio de Janeiro; o Quilombo do Cafundó no Vale do Ribeira em São Paulo; os Terreiros de matriz congo-angola em Salvador, o Terreiro de Matamba Tombensi Neto (casa de cultura tradicional angolana fundada em 1885 na periferia de Ilhéus, sul da Bahia); além de sítios históricos no estado de Minas Gerais, localidade de incomensurável presença bantu-angolana.
Entre os grupos que tem realizado articulações para receber o soberano do Bailundo e sua comitiva estão autoridades tradicionais de povos de matriz africana, autoridades do governo, ativistas do movimento negro, além de acadêmicos e pesquisadores de distintas universidades e centros de pesquisa brasileiros.
Ação chamou a atenção da Ministra de Estado Chefe da Secretaria de Politicas de Promoção da Igualdade Racial – Seppir/PR, professora Nilma Lino Gomes, que agendou uma reunião de trabalho para o dia 10 de março próximo, às 10h00, em seu Gabinete, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, com membros integrantes do Comitê Coordenador e Organizador Nacional da visita do Rei do Bailundo ao Brasil a fim de que o Governo Federal possa empreender esforços com especial interesse no sentido de que o evento possibilite a oportunidade para que se possa compreender o legado africano e a sua importância na formação e construção da sociedade brasileira.
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
Regina Sousa entra para história como primeira mulher a assumir o senado pelo Piauí
“Um acontecimento histórico e emocionante.”’ São essas as palavras capazes de retratar a cerimônia de posse da primeira senadora mulher do Piauí, Regina Sousa, presidida pelo presidente do Senado Federal (Renan Calheiros). Durante seu discurso de posse, a nova integrante do Senado reafirmou seu compromisso com as causas populares e com o PT, partido que ajudou a fundar e dedicou toda sua vida.
“Dedicarei toda minha passagem pelo senado para contribuir com os governos
domingo, 12 de janeiro de 2014
ENDEREÇO DA ASPAJA E CENARAB -PI
Centro Nacional de Africanidade e Resistencia Afro-Brasileira do
Piauí –CENARAB-PI
Associação Santuário Sagrado Pai João de
Aruanda – ASPAJA
Rua Francisco Magnólia Nº. 1791 – Bairro: Santa Maria da Codipi –
Zona Norte de Teresina – Piauí – Brasil – CEP: 64012 – 490/ CNPJ:
08.467.401/0001-68/
Fones: (86)
8802-3047/8838-7771/9966-7297 /
Histórico CENARAB -PI
Centro Nacional de Africanidade e Resistencia Afro-Brasileira do
Piauí –CENARAB-PI
Associação Santuário Sagrado Pai João de
Aruanda – ASPAJA
Rua Francisco Magnólia Nº. 1791 – Bairro: Santa Maria da Codipi –
Zona Norte de Teresina – Piauí – Brasil – CEP: 64012 – 490/ CNPJ:
08.467.401/0001-68/
Fones: (86)
8802-3047/8838-7771/9966-7297 /
Em meio ao tumultuado cenário da
luta contra a intolerância religiosa, a luta por respeito e reconhecimento dos
povos de terreiro como os mantenedores da visão de mundo africano na diáspora
forçada dos africanos e de uma tradição comprometida com a luta contra a
discriminação e preconceitos e anti-racismo e principalmente com uma prática de
alimentação sagrada de troca e manutenção do meio como preservação da vida faz
surgir CENARAB-PI- Centro Nacional de
Africanidade e Resistencia Afro –Brasileira do Piauí.
Com os avanços e retrocessos,
lutas e conquistas dentro da Política Nacional de Igualdade Racial detectados
no processo de construção da I Plenária Nacional de Povos de Comunidades
Tradicionais de Terreiros no ano de 2011, mais precisamente em Brasília é que nasce a discussão do Plano
Nacional de Desenvolvimento Sustentável para Povos de Comunidades Tradicionais que tem em seu cerne a defesa incondicional
dos valores civilizatórios africanos que constituem-se como Povo de Terreiro, e
a defesa das suas formas de resistência em solo brasileiro todas as nações
africanas e que mantiveram e mantém um povo na busca por seus direitos e acima
de tudo sua plena liberdade.
A Associação Santuário Sagrado Pai
João de Araunda -ASPAJA foi fundada em 22 Março de 2004 durante o uma reunião
das comunidades de Terreiros de Teresina na sede da ASPAJA, sendo uma instância
de articulação da sociedade civil que envolve adeptos/as da tradição religiosa
afro-brasileira, gestores/profissionais de saúde, integrantes de organizações
não-governamentais, pesquisadores e lideranças do movimento negro, políticos.
O CENARAB foi fundado, no 1° Encontro
Nacional de Entidades Negras- ENEN, em 1991, na cidade de São Paulo-SP.
ASPAJA e a Entidade Filiada desde de 2006
, Organização representativa Estadual – CENARA-PI.
A ASPAJA e CENARAB-PI tem como objetivos: valorizar e
potencializar o saber dos terreiros em relação a saúde, Educação, Cultura e
Direitos Humanos; estimular práticas de promoção da saúde; monitorar e intervir
nas políticas públicas de saúde, Cultura, Direitos Humanos ,Educação exercendo o controle social; legitimar as
lideranças dos terreiros enquanto detentores de saberes e poderes para exigir
das autoridades locais um atendimento de qualidade, onde a cultura do terreiro
seja reconhecida e respeitada; reforçar a importância de interligar as práticas
de saúde realizadas nos terreiros com as práticas de saúde no SUS; contribuir
para uma reflexão sobre diferentes aspectos da saúde da população dos
terreiros; estabelecer um canal de comunicação entre os adeptos da tradição
religiosa afro-brasileira, os gestores/profissionais de saúde e os conselheiros
de saúde.
terça-feira, 10 de dezembro de 2013
Prefeito de Teresina adere ao Plano Nacional Juventude Viva
A Prefeitura de Teresina aderiu ao Plano Nacional Juventude Viva, formulado pela Secretaria Nacional de Juventude. O termo de adesão ao Plano foi assinado pelo prefeito Firmino Filho e por representantes dos mais diversos órgãos municipais na manhã desta segunda-feira no Palácio da Cidade. Participaram da solenidade representantes do Conselho da Juventude e de movimentos da entidade civil organizada.
O Plano Nacional Juventude Viva tem o objetivo de reduzir a vulnerabilidade social da juventude, sobretudo entre os jovens negros, que são, segundo pesquisas, as maiores vítimas de extermínios. Segundo dados da Secretaria Nacional de Juventude, os homicídios são hoje a principal causa da morte de jovens de 15 a 29 anos e atingem especialmente jovens negros do sexo masculino, moradores da periferia e de áreas metropolitanas.
Dessa forma, a proposta do Plano é elaborar ações de prevenção que visam reduzir a vulnerabilidade dos jovens em situações de violência física criando oportunidades que garantam a inclusão social e a autonomia. “Teresina está aderindo a esse Plano voluntariamente. A capital, infelizmente está em 28º lugar no ranking dos 143 municípios brasileiros onde há o maior número de homicídios entre os jovens. Com esse Plano vamos articular políticas públicas para sairmos dessas estatísticas”, salientou o secretario municipal de Juventude, Alan de Miranda Cronemberger.
O prefeito Firmino Filho reforçou a atitude da Prefeitura em aderir ao Plano. Segundo ele já há um conjunto de políticas públicas colocadas para a população, mas que elas muitas vezes passam despercebidas. “O que queremos é que esse Plano não seja uma peça na prateleira. É preciso que o Plano seja bem elaborado e ganhe vida, envolvendo todos os segmentos de juventude e o também o movimento negro. Queremos aqui reafirmar nosso compromisso com os jovens teresinenses e nos comprometer em articular e propor políticas que venham a reduzir índices tão negativos nesse segmento”, frisou.
De acordo com Gil Kairosk, secretário do Conselho Municipal de Juventude de Teresina, é uma grande alegria ver Teresina aderindo a esse Plano. “O Plano tem uma grande motivação. Nossa juventude está sendo exterminada, sobretudo a juventude negra. Precisamos agir e implementar as políticas públicas para evitar isso”, pontuou.
As ações do Plano estão estruturadas em quatro eixos: desconstrução da cultura da violência, transformação de territórios, inclusão, emancipação e garantia de direitos e ainda aperfeiçoamento institucional. Entre as ações está previsto, entre outras, a oferta de oportunidades de atuação dos jovens em ações de transformação da cultura da violência e reconhecimento da importância social da juventude.
Assinaram ainda o termo os representantes das Secretarias Municipal de Juventude, Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para as Mulheres, Fundação Wall Ferraz, Fundação Municipal de Saúde e outros órgãos municipais.
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