O Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (MORHAN), em parceria com Riosolidário e com apoio da OGX, deu início, na noite do último dia 16, a uma campanha permanente de combate à doença no estado do Rio, com o lançamento da Carretinha da Saúde. O evento ocorreu durante a abertura do 3º Congresso de Secretarias Municipais de Saúde (Cosems-RJ), no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca.
A quase totalidade dos 92 secretários municipais de Saúde do estado do Rio, o secretário estadual de Saúde do Rio de Janeiro, Sergio Cortes, a presidente do Riosolidário, Daniele Pedras, participaram da inauguração do veículo. O ministro Alexandre Padilha foi representado pelo secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Helvécio Miranda Magalhães. Diretores nacionais do Morhan e pacientes e ex-pacientes de hanseníase de vários estados acompanharam o evento.
A Carretinha da Saúde é uma pequena carreta adaptada com três ambulatórios, além de palco para atividades de educação em saúde, que se transforma sala de espera e acolhimento climatizada com recursos multimedia e elevador para portadores de deficiências, para diagnóstico imediato de hanseníase.
A iniciativa segue os moldes da Carreta da Saúde, que já esteve em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Paraíba, Ceará, Maranhão e Paraíba, entre outros estados brasileiros, identificando em um ano quase mil casos novos de hanseníase em um ano útil de atendimento.
- Pretendemos, com a iniciativa, ajudar na identificação e tratamento de hanseníase principalmente em áreas de populações excluídas ou de dificuldade de acesso, como a indígena, acampamentos de sem-terra e de ciganos, em áreas rurais e regiões pacificadas por UPPs, além de dar suporte no atendimento médico durante catástrofes, como a das chuvas ocorridas no início do ano, na Região Serrana, quando a Carreta da Saúde auxiliou na assistência aos desabrigados. A ideia é sensibilizar os secretários para que façam a campanha em seus municípios - explicou o coordenador nacional do Morhan e conselheiro nacional de Saúde, Artur Custódio Moreira de Sousa.
O Brasil ocupa atualmente a primeira posição no mundo em incidência de hanseníase, com cerca de 40 mil novos casos por ano, seguido do Nepal e Timor Leste. Já o estado do Rio, embora apresente uma incidência duas vezes menor que a média nacional, tem municípios “silenciosos”, que não conseguem identificar os casos de hanseníase, e a media de casos que já chegam com sequelas devido ao diagnóstico tardio é maior que a taxa nacional.
Por Claudia Silveira
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